23 de junho de 2008

(Ler de novo) Essex na Ilha do Maio

Essex













Cabo Verde assumiu-se sempre como uma importante placa giratória da navegação atlântica, pois aqui se cruzavam nas viagens de ida e de regresso, a rota da Guiné, a rota do Congo/Angola e a rota do Cabo e daqui aportavam à ida os navios do Brasil e os da rota das Índias de Castela. Assim, pela enorme importância geo-estratégica tiveram, a cada tempo, o seu auge, diversos espaços cabo-verdianos:
A Ilha do Maio também se insere nesse roteiro. No livro “No Coração do Mar”, do jornalista e historiador norte-americano, Nathaniel Philbrick, existem relatos interessantes da passagem da embarcação Essex pela Ilha do Maio. O navio baleeiro Essex foi atacado em 1820 por um cachalote enfurecido e afundou. Este acontecimento foi tão comentado nos Estados Unidos quanto o naufrágio do Titanic no século XX. O episódio inspirou Herman Melville a escrever sua obra mais conhecida, "Moby Dick". O historiador Nathaniel Philbrick, por sua vez, reconstituiu a história na obra “No coração do mar” em todos os detalhes, apoiado em ampla pesquisa e fontes inéditas. Uma tragédia vivida por pessoas reais – alguns cabo-verdianos, possivelmente.
O Porto da Ilha do Maio é narrado no livro de Philbrick como "uma enseada que servia de porto, onde montes pontiagudos de sal branco – obtidos dos largos salgados do interior da ilha – aumentavam a sensação de desolação do cenário…"
Os barcos americanos ancoravam no Maio para se abastecerem do Sal, de panos de terra, de frescos e de porcos. Outra curiosidade que confirma o peso histórico das ilhas na rota atlântica.

3 comentários:

Anónimo disse...

Adorei! Ler de novo porquê? carla

pura eu disse...

Porque já o tinha publicado há cerca de 3 anos. Obrigada, Carla.

Anónimo disse...

Eu também adorei...Histórias sobre a Ilha do Maio, minha terra que eu não conhecia.Muito Obrigada!!Carolina Rocha