O Jornal de Educação, Ciência e Cultura, Artiletra, completa, este ano, 15 anos, e o seu último número está muito interessante. O destaque vai para uma entrevista de Larissa Rodrigues com o poeta Oswaldo Osório, do seu nome próprio Osvaldo Alcântara, seguido de uma resenha de Arnaldo França, d´Os loucos poemas de amor e outras estações inacabadas, obra editada pelo Artiletra. A entrevista recorda a infância de Osório, no Mindelo, os seus desgostos, a sua ida a Portugal em 1957 para prestar o serviço militar. O regresso de Lisboa é também interessante… o seu gosto pelo desenho floresce nessa altura. O poeta que perdeu visão em 2004 está a finalizar, com a ajuda de sua filha, a jornalista Sandra Custódio, o seu romance “As Ilhas do Meio do Mundo”, depois de cinco livros de poesia já lançados.
Nesse primeiro número, deste ano, O Artiletra marca também os setenta e cinco anos da morte de Eugénio Tavares, com um texto de Aristides Lima e o primeiro acto do exercício dramático do bravense Artur Vieira, intitulado "Eugénio Tavares - palco de dor e amor".
Francisco Fragoso traz-nos, ainda, nesta edição, uma leitura interessante do Assomada Nocturna de José Luís Hopffer Almada.
Um porém, dentre outros, em relação ao Artiletra é a sua inconstância. Ninguém sabe quando sai… como a sua distribuição não é má de todo, nem tudo está perdido. Reparos à parte, o casal Larissa e Vadinho Rodrigues está de parabéns por conseguir tão invejada longevidade para uma publicação desse tipo. A mesma proeza não conseguiu a Editora Artiletra.
30 de janeiro de 2006
À guisa de nota... ainda
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