A Organização do Tratado do Atlântico Norte – NATO, em sigla inglesa – é uma organização alargada e multinacional, não só porque a compõem muitos países da Europa e da América do Norte, mas também indivíduos das mais diversas origens.
Um dos insólitos, que não deixa de ser curioso e agradável, é a presença entre as suas fileiras de Romano Gomes dos Santos, um cabo-verdiano, de nacionalidade holandesa. O jovem militar de apenas 22 anos de idade, está eufórico e orgulho de fazer parte dos exercícios Steadfast Jaguar 06, que decorrem em Cabo Verde, destinados a testar a Força de Intervenção Rápida (NRF), comando recém criado pela NATO. E isso é visivel nas andanças que faz pela Cidade da Praia. Um misto de encontros, cumprimentos, olhares curiosos, enfim! A satisfação provocada pela presença de um caboverdiano numa missão de importância universal.
Nos exercícios Steadfast Jaguar 06, Romano não é um operacional, no sentido tradicional do termo, na medida em que a sua missão é administrativa e a sua função de articulação local, recaindo sobre ele uma responsabilidade especial e delicada. Muitas vezes, vê-se mesmo obrigado a esclarecer às pessoas sobre o papel desta missão.
Romano Gomes dos Santos começou a sua carreira militar na tropa holandesa em agosto de 2001 e entrou para a NATO em 2005. A farda de gala que exibe na foto acima resume alguns dos grandes momentos por que passou a sua carreira militar. A missão na Bosnia em 2003, por exemplo, é um dos momentos que recorda com muito sentimento, devido ao sofrimento humano que presenciou.
Feliz de haver regressado numa ocasião pontual, Romano não deixa de ser um exemplo da potencialidade da emigração cabo-verdiana pelo mundo. Tendo deixado Cabo Verde aos 4 anos de idade para acompanhar a família na aventura da “terra longe”, é para esta mesma familia que endereça palavras de amizade, e de carinho. "N sta contenti, e n´ta mánda um abraço pa nhas familias, amigos e amigas, e um grandi bejo pa nha mãe na Holanda", diz.
Além da causa, em si, este regresso está a ser uma grata oportunidade de Romano reencontrar familiares e amigos. Radiante por estar na cidade da Praia que o viu nascer, Romano é prova que não só a NATO é uma organização alargada e multinacional, mas também que Cabo Verde é de facto uma Nação Global.
6 comentários:
Olá Margarida,belo artigo. Gostei também da reportagem na TV.
Não tivemos a sorte de cruzar com o Pança, mas demos de cara com o simpático D. Quixote :)
É assim que surgem as belas histórias para reportagens. Beijocas.
No meu blog há uma surpresa para ti!
é muito bonitinho o rapaz. será que isso não entusismou a reporter que ja foi vista diversas vezes da companhia do galã.
Na verdade a reportagem televisiva ficou excelente.é sempre bom realçar casos de sucesso da nossa diapora e mostrar que nem todos são Thugs e repatriados.
parabens pura e "bom proveito"
O criolo é bonito, de facto, e é um bom exemplo para a juventude da nossa diáspora.
O Sr. anónimo nos viu juntos, porque somos bons amigos. Satisfeito?
Very pretty design! Keep up the good work. Thanks.
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