25 de agosto de 2005

Um hobbesiano assumido

Cena de Hotel RwandaEsta noite assisti no Bahiano de Thênis (Salvador - Brasil) a um filme que estreou hoje no Brasil, produzido com recursos da África do Sul, Inglaterra e Itália. Chama-se “Hotel Rwanda”, e todas aquelas pessoas que não pensam a humanidade a partir do seu próprio umbigo deveriam ir vê-lo, antes que saia. Principalmente quem lida com o dito “movimento negro”, que acha que a cor da pele define o caráter e ganha dinheiro ou projeção com isso.
Eu já tinha escrito sobre o assunto – não o filme, mas o tema – em um artigo pra jornal que transcrevi num dos livros que lancei este ano de 2005 "Como Fazer Amor Com Um Negro...".
É indignante e até neste momento, quando me lembro das cenas, me vêm as lágrimas.
Não sei de onde vem essa idéia de humanismo, piegas e romântica, que a nossa cultura nos impregnou. Mas para além do sentimentalismo bocó para o qual fomos treinados, deve existir dentro de cada um de nós um desejo de que as coisas no mundo se dessem de outra forma, fossem melhor.
Quando escrevo isso não penso apenas na frustração que o nosso país experimenta com o fracasso de um projeto político que se revelou uma farsa, uma máfia.
O filme “Hotel Rwanda”, para quem não leu tudo o que já se escreveu em jornais e livros sobre o triste episódio do belíssimo país africano, sintetiza o quanto de verme há em cada um de nós. Brancos ou negros. Progressistas ou filhos-da-puta.

f.c

Sem comentários: