A mulher desfeita construiu para si mesma uma coluna de aço, e ousou encenar-se nua, viver a sua sensualidade através dos pregos e das lágrimas que pintou sobre um rosto impassível como pedras de arremesso, fórmulas inconvencionais de maquilhagem. A mulher da coluna de aço ergue-se, altiva, sobre uma paisagem de crateras e devastação. A singularidade radical da sua obra reside, andaime a andaime, no rigor da sua auto-estima.
Inês Pedrosa, em Jornal de Letras
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