Ainda que este azul que me excita para a vida
Traga em si também a morte
Eu te desejo
Manhã de outubro
Traga em si também a morte
Eu te desejo
Manhã de outubro
Seu azular, o instante que torna rubro este coração
Não é simplesmente sol, brisa, álcool
Ou solidão na noite
Pois o amor já não somente urge,
Espera entre
O mar e a pedra
E os odores de suas pétalas
Outubro derrotou o tédio, o cinza, a náusea
E a indiferença dos homens
E mesmo a intransigência das estações
As horas passadas ou perdidas
Seria capaz de deter a flor
Que brota em plena a pressa, o pânico
E os planos do Planalto Central do Brasil
Renato Casimiro
2 comentários:
A vida é mesmo assim
Maravilhoso poema amigo bloger. Gostei do seu blogue e voltarei. Também no meu falo muito de África e vou fazer uma postagm sobre a ilha do Fogo de donde é o mau pai.
Um grande abraço
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