O quadro acima é parte da colecção Os apaixonados da artista plástica cabo-verdiana Misá. Expressa-se ali a mesma paixão e curiosidade que a artista demonstrou ter para com as suas raízes, quando em meados da década de 90 deixa a Suiça e escolhe trabalhar com os “Rabelados de Espinho Branco”, povo que optou pelo isolamento, devido a convenções sociais e religiosas, no interior da Ilha de Santiago.
Misá, num esforço híbrido, contribuiu para a adaptação e abertura dessa comunidade, e os frutos desse trabalho meritório são agora por todos reconhecidos. A comunidade, que antes era contra a frequência escolar das crianças, já tem escola; as ladainhas que testemunham um dos momentos mais místicos e profundos do grupo estão hoje em CD, reportando para a posteridade essa memória; e a subsistência da comunidade é parcialmente garantida pelos vários trabalhos artesanais desenvolvimentos por jovens e adultos graças aos dotes professorais da Misá.
A comunidade dos Rabelados de Espinho Branco é uma espécie de museu vivo que se visita por gosto e onde está-se por prazer. Saiba mais sobre a Misá aqui.
1 comentário:
Curiosidades académicas sobre Os Rabelados têm surgido, quase sempre, da parte de estrangeiros. Ultimamente mais ainda.
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