Jornalista que se preza não perde viagem. Se a pauta fracassa, o profissional procura um tema para não voltar à redação de mãos vazias. Há casos em que a notícia nova é melhor que a pautada. Por conta desta regra não escrita, entrou na galeria dos casos pitorescos da imprensa a história de um repórter de esporte que, em 1965, foi cobrir um jogo do Santos na Argélia. O país, que se libertara do jugo francês em memorável revolta, celebrada no filme A Batalha de Argel, do cineasta Gillo Pontecorvo, ainda era presidido por Ahmed Ben Bella. Ex-guerrilheiro, governante de orientação socialista, Ben Bella era, como Fidel Castro hoje, assunto obrigatório da imprensa. Mas as coisas não saíram conforme a pauta. Surpreendido por um golpe de Estado, o repórter telegrafou para a redação:– Jogo adiado. Ben Bella caiu.
Ao pesquisar sobre o argelino, Ahmed Ben Bella encontrei esta pérola...
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