As sequelas do genocídio, a realidade da Sida e a história de um travesti que trabalha num cemitério são apenas algumas das imagens do nosso continente exibidas no Festival Pan-africano de Cinema e Televisão (FESCAPO)que começa nesta semana.
O Festival que acontece em Uagaduguo, capital de Burkina Fass, começa neste sábado e terá cerca de 20 filmes na competição, como o "The Etalon d'Or de Yennenga" e "Gold Station of Yennenga", ambos a mostrar as realidades do povo africano.
Os temas deste ano incluem o apartheid, a guerra civil e a pandemia da Sida, mas o evento também traz abordagens que beiram à comédia, além de algumas curiosidades.
Há pelo menos quatro filmes da África do Sul, como "Yesterday", de Darrell Roodt, o primeiro longa-metragem sul-africano concorrente ao Oscar deste ano, que é falado em zulu. A produção conta a história de uma mãe que luta contra a Sida.
Dois filmes são do Marrocos, incluindo o já aclamado "Le Grand Voyage", de Ismael Ferroukhi, que traz a história de um imigrante marroquino em França. Da Tunísia e da Argélia, há também outros filmes.
Após receber o prémio de melhor filme estrangeiro no "Festival de Sundance", no mês passado, o filme "The Hero" ("O Herói"), de Zeze Gamboa, da Angola, também vai estar no evento. O longa, uma co-produção entre França, Angola e Portugal, conta a história de um combatente da guerra civil, que depois de se desligar do conflito deve enfrentar uma nova batalha para sobreviver em Luanda.
Os realizadores mais jovens também marcam presença na mostra com abordagens mais actuais da realidade africana.
De realçar que o filme "Ilhéu de Contenda",do realizador cabo-verdiano Leão Lopes fora galardoado com o Prémio FESPACO, atribuído pelo Festival Pan-Africano de Cinema e Televisão no ano de 1999.
Com a Folha Online
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