As poucas mulheres brancas que há nesta ilha são portuguesas e pertencem a esta nação que as fecha, de manhã até à noite num quarto de reserva onde os estrangeiros e mesmo os seus melhores amigos não entram...
As negras têm por vestuário, uma saia, um pano que passam sobre os ombros para cobrirem o seio. A cabeça é amarrada com um lenço fino em forma de turbante, conservando a parte superior sempre descoberta. Todas elas têm um corpo lindo, mas poucas são as que não feias.
Esses extractos foram tirados do livro "Património Lusógrafo Africano". Um trabalho de pesquisa dos linguistas e pesquisadores franceses Françoise et Jean Michel Massa. O livro é uma interpretação dos manuscritos do navegador De Beauchesne Gouin, capitão de mar e guerra mandado aos mares do sul numa expedição que durou 4 anos (Dez. 1698 a Julho de 1701).
O livro contém o diário manuscrito do navegador, reescrito em francês e traduzido em português. Em alguns momentos a ortografia que correspondia à época teve que ser modificada.
De Beauchesne fez um relato minucioso do percurso, dos eventos sucedidos, dos lugares e das pessoas que conheceu. Fez igualmente descrições de peixes e aves raros, e dos usos e costumes da população face aos navegadores que chegavam. O navegador esteve em todas as ilhas de Cabo Verde e o livro aborda todos os pontos por onde passou a sua embarcação.
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