O livro “Itinerários da Memória, Escravatura e Tráfico Negreiro na África Lusófona”, editado pelo Comité Português do Projecto UNESCO, "A Rota do Escravo" está exposto, em painéis, numa exposição, imperdível, na Biblioteca Nacional, na Praia. Uma mostra que enquadra os lugares ligados à rota do escravo existentes nos Países de Língua Oficial Portuguesa.
A célebre ilustração de uma caravana de escravos dirigindo-se para o Téte, em Moçambique, ferros utilizados em Angola para marcar escravos, e lugares como Cidade Velha, em Cabo Verde, são alguns símbolos que nos remetem ao período mais cinzento da história da humanidade – o tráfico de escravos. Assunto, aliás, muito actual, tendo em conta o projecto "A Rota do Escravo", lançado pela UNESCO, em 1994, com a ideia de promover estudos e actividades sobre esse triste episódio da história da humanidade.
A agenda foi lançada, formalmente, no Benin, curiosamente, o lugar que abrigou, séculos antes, um dos principais centros de tráfico de escravos, e para onde muitos ex. escravos se retornaram oriundos do Brasil.
O projecto "Rota do Escravo" tem resgatado, de forma mais crítica e sistemática, o trabalho dos historiadores, pesquisadores e antropólogos, que buscam reavaliar e enquadrar o tráfico de escravos africanos.
A UNESCO entende que conhecer as raízes da escravidão, mais do que simples domínio da história, é descortinar uma rota que possa fornecer subsídios para um futuro mais igualitário e plural.
"Itinerários da Memória, Escravatura e Tráfico Negreiro na África Lusófona" do Comité Português do Projecto UNESCO "A Rota do Escravo" é mais uma dessas iniciativas no ramo que tem acontecido, um pouco, por toda a parte. Da parte de Cabo Verde participou nessa obra o historiador António Correia Silva. Esta agenda global, infelizmente, não constitui prioridade em Cabo Verde.
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