21 de agosto de 2006

Dias se passaram...


Impressionante. Há momentos em que por razões várias (tristes ou insondáveis), optamos por uma hibernação tácita. Por uns dias é como se ausentássemos do mundo. Estranhas sensações. As coisas nos passam ao lado. A última semana, para mim, funcionou nesse ritmo. Desconectada mesmo! Mas aqui sei que estou à vontade para falar dos vacilos que sequer tive, das intenções desconhecidas, e porque não das imaginações (algumas metafísicas). Estou livre, inclusive, para me punir (não será decerto necessário) pelas ausências, ou pelos silêncios imperdoáveis. Tive os meus motivos e continuo a tê-los tenuamente.

Do final de semana, não poderei falar do show Trás de Son de Djinho Barbosa, no Palácio da Cultura, porque não fui. Já vi que perdi. Fiquei em companhia de Julie London, Dianne Reeves, Nina Simone...
Os livros da minha vida de Henry Miller, é outra companhia que venho apreciando há uns dias. Um escritor sem margens, de facto. Ler por prazer é a sua máxima. Não alinha em dogmas classissistas e outros...
Já ouviste I Can´t Make You Love Me na voz de Bonnie Raitt, no nascer de uma madrugada? É o lado bom da solitude.

post script

A voz de Nana Caymmi é tão parecida assim com a de Nina Simone? Ou será da minha paixão pelas duas?! Não falo apenas do timbre da voz... da dor e da clamação também.

3 comentários:

Anónimo disse...

Hello Margarida, passo apenas para dizer que na verdade fizemos foi uma pequena mostra do blog. Falou-se do Trás di Son en passant. Agora vem ai um concerto para já no Palacio.

Sobre a tua ultima parte de texto...imagine se a Nana cantasse nas nossas rádios...não dava para influenciar muitas vozes nossas para cantar bem e sobretudo com alma e ternura!!!

pura eu disse...

Optimo, então. No show estarei de certeza.

Sobre as músicas que passam nas nossas rádios Djinho, é uma desolação. Ainda ontem pensava nisso. De vez em quando, como que por acaso, ouvimos algo de jeito.

Anónimo disse...

Nossa, nunca tinha pensado nisso, nas semelhanças entre Nana e Nina. Realmente a melancolia é a mesma...
Bjs
PS: gostei do "lado bom da solitude"...