7 de setembro de 2006

Top Criolo


A música cabo-verdiana está definitivamente in top. Vários lançamentos, muitas criações e inovações, ousadias, jovens artistas a despontarem. Ousados são igualmente alguns produtores da praça. O programa da TCV, Top Criolo, apresentou-nos, ontem, Augusto Gugas Veiga. Além de um produtor que podemos apelidar de bom, nunca é demais evidenciar a sua sóbria personalidade: fina estampa, como dizia a minha dor antiga, e ciente daquilo que quer, dentro das limitações de um mercado como o nosso.

Gugas teve um "faro de cão" quando há dez anos produziu os Ferro e Gaita, levando para as ilhas e para o mundo, os sons de um funaná vibrante, uma tabanka que nunca morre, a força de Santiago. Há dois anos, dentre outras ousadias, uniu, num só CD, as vozes dos dois únicos pilares do Finaçon, Nácia Gomi e N´toni Denti Doro. Agora, com uma fina percepção de um novo movimento urbano pungente, está a apostar, inteligentemente, no hip hop. Capital Produções é uma referência na música Cabo Verdiana.

O programa de ontem trouxe uma interessante visão sobre a produção musical nas ilhas, crescente em qualidade e quantidade, pelo que se podia depreender da conversa. O terreno, nesse particular, é fértil, tendo em conta o número de estúdios que vão surgindo por aí, mas os problemas, também eles, muitos são novos. A questão da pirataria é séria, os produtores pedem um sinal de vida da SOCA, enfim, pedem das autoridades na matéria acções consentâneas (sobretudo legais) na eminência de uma explosão discográfica no país (querendo eu falar de indústria).

Voltando ao Top Criolo é desejar mais sorrisos à Carlota Barbosa e à equipa de produção coordenada pelo grande M.C.

Lugares...

... em mim são, porque neles vivi.

6 comentários:

Anónimo disse...

Tens razão: Gugas é mesmo aquela máquina. O posto está jornalisticamente bem feito. By the way, querias dizer "in top" ou "on top". E já agora, a menina falou de "dor antiga", algum mistério que não se saiba? Perdoe-me a curiosidade, mas as pessoas públicas atraem papparazis. A Carlota, com ou sem sorriso, nunca seria uma boa jornalista. Nada que se compare à menina, Matilde, Rosana, Júlio, Daia ou Leonela.

pura eu disse...

Se não se importar, ganharia o estatuto de Ombudsman deste espaço, apesar de eu não me assumir, aqui, como jornalista. Eu teria todo o gosto em nomeá-lo. Afinal todos precisamos, principalmente quando nos aventuramos em línguas outras … já agora, quer dizer posto, ou post?
Os mistérios são como são… nem aos mais curiosos se abrem. Menina, eu!? Vejo também que é sincero e sabe reconhecer… é sempre assim, ou contradiz-se de vez em quando? Apareça, de preferência como figura identificada, volto a insistir nisso.

Anónimo disse...

Como me indentificar, se a menina diz que os mistérios são como são… nem aos mais curiosos se abrem? Em verdade, por lapso de língua e/ou de má digitação saiu posto em vez de post. Não tenho pergaminhos para ser Ombudsman do seu Blog, que é interessante. Prefiro ficar como crítico acidental. Sapateiro que não vai além da chinela. Já escrvru poesia? Escreva. A menina leva muito jeito...

pura eu disse...

Bom fim de semana A..., e bom trabalho, porque sei que, assim como eu, trabalha nos fins de semana.

Anónimo disse...

Hip Hop em criolo deve ser interessante...

pura eu disse...

Muito...