Eugénio de Paula Tavares nasceu na Ilha Brava a 18 de Outubro de 1867, filho de Eugénia Roiz Nozolini Tavares e de Francisco de Paula Tavares.
Foi um poeta popular e erudito que deu uma grande contribuição para Cabo Verde no plano do nativismo.
Enquanto intelectual, teve um percurso paradigmático do intelectual cabo-verdiano nos fins do século XIX.
Os estudiosos consideram Tavares um dos grandes cultores da língua portuguesa, trabalhada em suas diversas formas. Exímio na prosa e no verso, mas também como polemista consequente de panfletos cívicos e políticos, alguns dos quais explicam as perseguições que teve durante a vida.
Era igualmente um exímio, senão mesmo, uma figura modal no concernente à língua cabo-verdiana, sobretudo nas suas opiniões em prol da língua materna e nas suas composições musicais.
Eugénio Tavares considerava o reconhecimento da língua crioula, à par da portuguesa, como uma questão da cidadania. Um bilinguismo que simboliza, em todos os títulos, a complementaridade do homem cabo-verdiano.
Em verdade, Eugénio Tavares interpela-nos a um olhar não apenas historiográfico como também mítico.
Muitos descrevem-no pela faceta de mornista. Complexidade que extravasa ao reconhecimento por parte de outros intelectuais, contemporâneos e outros. Eugénio Tavares, entre sua gente, não é reconhecido apenas como poeta, compositor ou polemista. Ele é lembrado, sobretudo, como uma figura mítica. Protagonista de vários episódios líricos muito lembrados na ilha.
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