5 de janeiro de 2005
Ao meu Pablo
Pablo Neruda
“ Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!
Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva.
Em taltal não amanhece ainda a primavera.
Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris,
até ser só tu, só eu juntos.
Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,
a desembocadura da água de Boroa,
pensar que separados por trens e nações
tu e eu tínhamos que simplesmente amar-nos
com todos confundidos, com homens e mulheres,
com a terra que implanta e educa cravos.”
Momentos...
Apeteceu-me hoje escrever sobre Pablo, não o Neruda, mas o meu. Aquele que na poética da vida se confunde com Neruda, porque foi deste que saiu o nome que carrega o meu filho. Na verdade tudo o pensei dizer está nesse poema, já que por uma sorte qualquer existem momentos que não são reais.
Variações de mais um dia que passará...
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