17 de janeiro de 2008

O fazedor de utopias*

«Amílcar Cabral nasceu guineense e cabo-verdiano, numa generosidade pan-africanista que, paradoxalmente, haveria de ser a sua desgraça. Tenho para mim que foi uma das figuras mais interessantes do século XX, uma espécie melhorada (muito melhorada mesmo) de Che Guevara africano. O facto de o seu nome e de a sua obra dizerem hoje tão pouco às novas gerações de intelectuais africanos, e de ser praticamente desconhecido fora do continente, afigura-se-me uma enorme injustiça. Este livro tenta devolver ao grande público essa figura maior de África. Fá-lo numa linguagem jornalística, apoiada numa investigação rigorosa. O facto de o seu autor, António Tomás, ser angolano, não me parece irrelevante. Trata-se de dar a ver um pensador e combatente africano numa perspectiva africana. Algo que teria certamente agradado a Amílcar Cabral.» José Eduardo Agualusa

* A propósito do lançamento na Praia (Spleen Edições) no dia 24 de Janeiro, Quinta-feira.

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