Basta estar atento aos novos lançamentos discográficos em França, Holanda, Estados Unidos e Cabo Verde para se perceber um denominador comum que se desponta nesses trabalhos: o teclado, a guitarra e o cavaquinho (algumas vezes) unem-se e exibem-se aos nossos ouvidos com um estilo peculiar entre os ritmos todos. Falamos da marca do jovem cabo-verdiano, 31, Mark Gonçalves. O produtor residente nos Estados Unidos trabalha com músicos de diferentes latitudes.
Começou cedo na música, para depois ingressar na Universidade de Berkeley em Boston. Depois de dois anos a estudar música, decidiu partir para o mundo da experimentação, tendo os ritmos cabo-verdianos como inspiração, ao mesmo tempo que fazia incursões em outros sons e cheiros culturais. Tocou numa banda haitiana, a ponto de ser confundido com um deles. É homem do teclado, da guitarra, do trompete...
Com essa busca, Mark G tornou-se um artista de todos “os domínios”: foi, por exemplo, produtor do segundo disco do músico e tamboreiro Talulu, um trabalho aturado de ritmos tradicionais foguenses; ao mesmo tempo que trabalha em estreita sintonia com Dj´s. O trabalho de masterização que fez no CD/DVD “the lights kings” com Dj Guelas, Dj Mastermind, DJ Baby T, Dj Chris e Dj Lefty é disso exemplo.
Nesses 10 anos de muito trabalho, o produtor percorreu um longo caminho e construiu com ares próprios uma lista consistente de produções. Trabalhos de artistas como Kaysha, Nelson Freitas, MC malcriados, Mika Mendes, Loony Johnson e tantos outros já passaram pelas suas mãos.
Esta semana o produtor lançou uma colectânea com cerca de 20 artistas (Mark G. and the Heavy Hitters): uma espécie de selo Mark G. Encontra-se em Cabo Verde para algumas actuações nas ilhas do Fogo e Santiago. Soube que está entre os nomeados do Cvmusic Award para o prémio de melhor produtor, o que o deixa satisfeito.