31 de julho de 2006

À espera da luz


Volta e recomeça, apesar do imutável, apesar daquele ser eternamente seu, apesar de tudo, e por tudo. Volta para nas últimas palavras do poeta encontrar a resposta. Volta, à espera da luz.

"Não um caso doentio
nem a ausência de grandeza, não,
nada pode matar o melhor de nós,
a bondade, sim senhor, que padecemos:
- bela é a flor do homem, sua conduta
e cada porta é a bela verdade
e não a sussurante aleivosia.

Sempre ganhei, por ter sido melhor,
melhor que eu, melhor do que fui,
a condecoração mais taciturna:
- recuperar aquela pétala perdida
de minha melancolia hereditária
- buscar mais uma vez a luz que canta
dentro de mim, a luz inapelável".

Pablo Neruda. in: Últimos Poemas (O Mar e os Sinos)

4 comentários:

Al Berto disse...

Viva:

Blog muito interessante.
Aguardo sua visita e comentário lá no EG.

Um abraço,

pura eu disse...

Acabei de chegar do EG, e deixei minhas pegadas por lá.
Um abraço

Al Berto disse...

Olá:

Já cá voltei para te dizer que apreciei a tua visita e que me terás que aturar por cá futuramente.

Um beijo,

pura eu disse...

A invasão será mútua. Vamos nos aturar, de certeza.