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(...)A farinha acumulou seu celeiro contigo
E cresceu incrementada pela idade venturosa,
Quando os cereais duplicaram o teu peito
Meu amor era o carvão trabalhando na terra.
Oh, pão tua fronte, pão tuas pernas, pão tua boca
Pão que devoro e nasce com luz cada manhã,
Bem-amada, bandeiras das fornadas,
Uma lição de sangue te concedeu o fogo,
De farinha aprendeste a ser sagrada
E do pão o idioma e o aroma.
Ilustração: Matisse
Poema: Neruda
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