27 de julho de 2010
São tantos momentos...
1. “Nesse contexto social em que a democracia é mais senso-comum e ambiência cotidiana do que paixão ideológica, os meios de comunicação adquirem um novo estatuto cultural e uma posição de poder sem precedentes na História do mundo” (Sodré 1996:70).
Este debate não existe neste país onde as televisões (do mundo e da terra juntos) representam poderes (sem vontade fundadora) e interesses incalculáveis, e confrontam-se impulsivamente para o eterno inconformismo dos telespectadores que têm aquilo que não querem, e estão longe de ter o que precisam.
2. Enquanto isso, a RTP África emite no Repórter África uma peça com José Maria Neves, em que este fala da sua adesão ao facebook, e “dos grandes propósitos desse feito”. Um desses propósitos é quebrar o “isolamento” do primeiro-ministro que na rede partilha grandes decisões, de poesia às questões de governação, admite. Já atingiu o limite das amizades na rede social, e cogita a possibilidade de criar um club de fãs, à moda dos grandes artistas. Confessou, ainda, ter tido há dias "um grande debate" com uma estudante na Áustria sobre poesia e literatura. Já agora, o primeiro-ministro não tem se dedicado em escala similar ao blog que abriu há meses.
3. Quintana não gosta daqueles que só fazem poesia em momentos de dor…
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2 comentários:
Oi Guida...
Pôxa, às vezes acontece este tal "click inesperado", esta coisa que nos abre outras portas dentro de nós, uma pedrada no espelho onde nós nos namoramos narcisisticamente. O parágrafo (magistral) com que fechas este blog foi uma dessas coisas... E aqui, entre as tuas palavras e uma espécie de silêncio misterioso que se fez de repente, dou-me conta que - também eu, chiça! - tenho-me limitado a escrever poesias quase apenas em momentos de dor. Outra dia dizia a uma amiga minha que se me quisesse conhecer nos mais íntimos detalhes, que lesse o meu blog. E se tivesse tempo, os meus poemas... Agora percebo que se fizer isso, em toda a poesia minha vai encontrar uma dor qualquer: de distância, de saudade, de amor, de solidão, de desejo...
Obrigado por esta outra perspectiva...
Um abraço,
Paulino
Paulino...
A dor é uma sensação envolvente e forte. Só uma arma poderosa como a poesia a pode enfrentar "com determinação".
Entendo-te perfeitamente... somos a nossa dor.
Beijo
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