14 de julho de 2010
Ode ao Tempo
1. Patrícia pressente o viver como o vagar por uma estranha e imprevisível estrada: nunca encara as vias; algumas, ela ignora, pisa, e o caudal arrasta-se, prossegue, persegue-a, para em seguida desviar-se do estarrecido fim. Nunca escreveu uma história, nunca viveu uma história, nunca subiu a um palco, tal o pavor que lhe encerra os finais. Decidiu estar num lugar qualquer onde o princípio e o fim são um nada entrelaçados e desvanecidos num tempo acabado.
2. Olha, parada, o horizonte que se recusa a alcançar: o que faz dela uma alma conformada com o tempo que nunca se abriu.
3. Um dia decidiu partir sem destino, mas com a certeza do tempo e do nada que nele paira.
4. Enquanto os dias passam, com ele junto...
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