outra despedida
aquele olhar de sempre
solitário...triste
morrer é uma certeza
viver... quem sabe!
O cantor brasileiro, Netinho de Paula, actuou, ontem, no Festival da praia da Gambôa, logo depois da Lura. O público ficou extasiado com a performance simpática e descontraida no palco, tanto do Netinho como da sua banda. Com certeza, um momento para não se deixar perder.
Cabo Verde – spritu lebi é título de uma exposição fotográfica de Abraão Vicente, patente, neste momento, ao público mindelense. Estivera na Praia, no Centro Cultural Francês. Um olhar humano sobre os rituais da morte, e da vida, as gentes e a tradição da Ilha de Santiago. Quinze fotos dessa exposição foram seleccionadas, numa lista de centenas de fotógrafos africanos, para participar no Notícias de África, em Paris. Uma mega exposição fotográfica que acontece em Setembro, e reúne 60 fotógrafos de 23 países africanos, portadores de um novo olhar sobre o continente negro.
O evento é organizado por três agências de fotografias de Paris, e vai obedecer a cânones pouco convencionais, em termos de formato. Algumas ruas de Paris vão acolher uma exposição inovadora em outdoors e murais. Outra ideia da organização é construir um álbum de família. Ou seja, conseguir com algumas famílias africanas residentes em Paris, duas ou três fotos que retratam a sua vida nessa cidade, e expor num mural. Prevê-se também sessões de áudio e vídeo com motivos africanos – será uma verdadeira exposição de África em Paris.
Abraão Vicente, o escolhido para representar Cabo Verde, é formado em sociologia, e se fez no mundo da arte enquanto artista plástico. Há dois anos deixou Barcelona, onde experimentou a miscelânea e a ousadia artísticas. Cabo Verde Spritu lebi é a sua primeira exposição fotográfica em Cabo Verde, tendo anteriormente realizado várias mostras de quadros.
A praça Alexandre Albuquerque, na Praia, recebe, desde ontem, uma exposição fotográfica intitulada Praia.Mov.
Alexandre Andrade, o tocador de tambor de avental branco na foto ao lado, foi o homenageado da bandeira de S. Filipe de 2006. Era mais conhecido por Tchitchite, “rei de djarfogo”. Foi o tocador da primeira bandeira de S. Filipe (entende-se aqui a primeira bandeira como a do desenterro, em 1917). Tchitchite criou todos os toques dessa bandeira, conhecidos por briais: o brial do almoço dos cavaleiros, o brial das corridas de perícia, o brial das cavalhadas, da tomada de bandeira, e assim por diante. Um mestre, portanto!