Neruda, por acaso,
detestava os livros.
Daí que os deixava,
em casa, sem nunca os abrir
E, saindo à rua,
que é onde
a vida começa,
só parava à beira-mar
E, à beira-mar,
esquecendo que é na estreita
vereda entre o umbigo e o ânus
que os paraísos começam e findam,
Neruda enlaça a mulher,
pelo nome (que assim
ela cabe melhor no poema)
E, sem que de lábios,
mamas e coxas
ele faça menção,
nem ao licor
com que a mulher
embriaga, antes do sono,
o poeta
navega e dormeArménio Vieira
2 comentários:
uau, legal o post. Ela (minho-kinha.blogspot) anda reclamando que ninguém lê Arménio Vieira. Ainda bem que não é geral. não?! ;)
;)
O nosso Armério é um bálsamo. Deviamos falar mais dele... mas esse dia chegará: quando ele morrer, certamente.!!!!!!
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