14 de maio de 2009
Jornalismo de serviço (público??)
Começou a corrida de estafeta rumo a 2011. As inaugurações aceleram-se a cada dia, as antenas foram umas reconduzidas e outras substituídas. Os interesses (públicos?) estão sendo estrategicamente revistos (e encomendados), os subordinados (subornados) retornaram aos seus postos e todos serão suspeitos daqui para frente.
Respeito é bom, e os cordeiros sabem disso. Insolentes aos bons turnos e pautas minguadas voltarão para outros dias que estão se fazendo (alguém se lembra do Pão de Neruda?) a mil por hora.
Foi Jorge Barbosa quem escrevera no poema “Alfândega” (onde trabalhou como funcionário), o seguinte:
“Talvez não acreditem
mas há alguma poesia ali dentro
do velho casarão da alfândega
e ninguém dá por isso! ...”
nota pura: numa próxima oportunidade, tentarei um exercício de diferenciação entre serviço público e propaganda (sem abrir mão da poesia, é claro!).
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4 comentários:
Pois, Margarida… a poesia é fundamental. Mas o problema, serão as letras… ou as palavras? Ou serão as frases mais ou menos propagandísticas… a quererem namorar as outras letras de serviço (ou de interesse) público?
Venham todas as letras de músicas de campanha… Todas as sopas do alfabeto encomendadas ou programadas... No final fica sempre a poesia… com as letras e as palavras todas, mais ou menos gastas, consoante os interesses mais ou menos públicos...
Força. E fico à espera do outro post. O da diferenciação.
"Venham todas as letras de músicas de campanha… Todas as sopas do alfabeto encomendadas ou programadas... No final fica sempre a poesia…"
Pois é Tchá... o que permanece é a poesia, porque sai de dentro (dos sujeitos das letras e das palavras)... o contrário, nunca.
até a próxima.
Espectáculo. Curto e grosso.
Cabe a nós, jornalistas, aproveitar o momento para dizer basta!!
Cada um faça o seu e todos faremos o todo. Sem subornados, bajuladores, intimidados, disfarçados.
É preciso coragem.
Nha guenti forti afronta! Nunca mas no ka ta consigui poz travon, enton?!!
É preciso mudar de paradigma (como virou moda). Mas nós é que temos que mostrar o paradigma necessário. Não de forma isolada, caso contrário o solitário é que destoa do sistema (por vezes tem razão a mãe do recruta que desfila descompassado dos 300 colegas mas que diz que o filho é o único a fazê-lo correctamente).
Eu (ainda) acredito.
Se não estaremos como disse o Tcha, com os seus 30 anos de carreira, triste e desiludido por nunca ter passado por uma redacção “a sério”. Eu nem 10 tenho mas tou quase no limite. Quase a seguir as pegadas de 90% dos fundadores da AJOC (vide lista).
Triste e desiludido, não diria. É preferível entender "as razões da mãe do recruta", e tentar contagiar o compasso dos 300 colegas... se não for bem sucedido, continuar no (des)compasso para a tristeza e a desilusão (aí, sim) dos alinhados.
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