23 de junho de 2010
A memória… do imaterial ao visual
1. Decorre no IIPC (23 e 24 de Junho) um atelier de formação em técnicas de transcrição do património imaterial, no âmbito do projecto “Multiculturalidade e Plurilinguismo: tradição oral e educação plurilingue”. Este projecto é financiado pela União Latina e propõe-se à recolha de contos populares para posterior publicação de materiais didácticos. Em Cabo-Verde foram recolhidos 30 contos nas ilhas do Fogo, Santiago e Santo Antão. O projecto engloba ainda países como Guiné-Bissau e Senegal. Consolidar a ideia de cidadania e respeito pela diversidade cultural é o desafio da iniciativa.
2. A propósito da memória, ocorre-me falar do descalabro que é a não preservação do património visual (entende-se arquivo) da Televisão de Cabo Verde, a TV Pública. Ouve-se falar de trabalhadores que comercializam imagens, a torto e a direito, mas nunca se aponta o dedo a responsáveis (Directores, Chefes de Departamentos e Conselhos de Administração) que, nos seus reinados, autorizam cópias ao sabor dos ventos afectivos, políticos e de conjuntura, passando por cima de questões autorais e sentido de restrição. Não existindo ainda uma política severa que salvaguarde o património visual da Estação Pública, se espera dos gestores públicos mais responsabilidade e sentido de propriedade em benefício do interesse público. Como é possível uma produtora privada que se posiciona como inimiga pública da TCV ter acesso a imagens raras dessa estação, para uso num programa que, posteriormente, será vendido a peso de ouro à mesma TV? Caso para perguntar “Quem zela pelos interesses da TV do Estado, afinal??!!
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11 comentários:
O seu comentário foi publicado e removido. Quando o Sr. jornalista tiver a coragem de assinar o seu nome, conversamos.
Censurou texto sra. jornalista? A propósito, de onde sairam as imagens do programa que Um Minuto com o qual ganhou quase 500 contos numa produtora privada? Será essa produtora que anda a roubar a TCV?
Carlos Silva, Sal, Terra Boa. Se quiser dou o NIF.
PS. Se é tão contra a tv pública proque não vai trabalhar no privado?´Dá mais trabalho, né???
E tu quando foste Directora? Ninguém levou nada??? Eu estava lá e sei das Cátias que meteste. E o Filintinho, quem o levou e para fazer o quê?
Carlos Silva, Terra Boa, SAl
De facto é uma vergonha Margarida. Os oportunistas fazem rios de dinheiro com imagens que pertencem ao patrimonio da TCV. Aproveitam a Sodade dos nosso emigrantes para fazer dinheiro, vendendo milhares de cópias CD de eventos como festivais, tabanca, Sanjom, carnaval etc... Depois de 30 anos, nimguem controla o nosso patrimonio, e os direitos de autor em Cabo-Verde. Bandalheira!!!!!!
Se leu o texto, verá que não sou tão contra assim a TV pública.
As imagens para 1 Mn de história foram recolhidas por Operadores de Imagem (devidamente identificados no programa) que trabalham para a produtora Artemedia: contacta Jair Sousa e Margarida Conde, os donos da empresa privada para se informar melhor. IMAGENS GARANTIDAMENTE INDEPENDENTES.
Quanto aos honorários (não estou com vagar para precisar as cifras, mas não chegam a tanto) eles são merecidos:o resultado é visto diariamente há mais de dois meses.
Meter Cátias e trazer Filintinho é cadastro?
Tchalé, a questão é muito séria, mas como sempre, por cá, quando se fala ebertamente em assuntos melindrosos, resulta mais fácil atacar quem ousa colocar a questão.
Como é possível fazeres programas e mais programas e perceberes que copias e mais copias andam a passar de mãos em mãos nas ilhas e na diáspora sem o mínimo de cavaco!! Justiça seja feita àqueles que se dão ao trabalho de prestar algumas informações...
Uma jornalista da TCV, paga pelos contribuintes, faz um programa numa cadeia privada, é paga àparte por isso e ainda vende o programa à sua própria entidade empregadora. Não será muito mais escandaloso do que a questão que insiste em levantar?
E não é a primeira vez pois não? Falemos da sua relação com os padres capuchinhos
STP há uma coisa chamada “exclusividade” que a RTC não chegou a assinar com nenhum trabalhador. Posto isso, nenhum jornalista da TCV ou RCV está impedido de se envolver em outros projectos desde que esses não entrem no domínio da informação, e não belisquem os cânones da sua profissão.
“1 Mn de Historia” é um programa formativo e pedagógico, propriedade da comissão dos 550 anos e 35 anos de Independência. Ademais, que eu saiba, a TCV não paga para emitir esse programa.
A minha relação com os padres capuchinhos (que já dura uma vida) não é chamada para aqui: extravasa, no tempo e no espaço, a minha condição de jornalista.
Isso é que faltava... restringir os meus domínios de envolvimento sejam eles pessoais, profissionais ou outros!!!!
O que no fundo a preocupa?
Dá-me graça que a jornalista não tenha publicado o comentário sobre as razões de ser do minuto de história. compreendo, a história está cheia de razões promíscuas e compadrios.
graça mesmo é imaginar-te afoita e anonimamente a vir cá saber novas sobre 1 mn de história: é mesmo um caso.
Não, a UNICV não coordena a Comissão dos 550 anos...
se quer mesmo desvendar os mistérios que rondam o 1 mn de historia, vai fundo. enquanto isso, continuo por cá trabalhando em mais minutos de histórias.
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