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Faleceu, hoje, em Lisboa, onde residia desde 1959, o escritor cabo-verdiano, Manuel Lopes. Um dos fundadores da revista literária Claridade e autor de várias obras, com destaque para “Chuva Braba”, “Flagelados do Vento Leste” e o “Galo cantou na Baía”.
Manuel Lopes, um dos percursores da Moderna Literatura Cabo-verdiana, é um dos escritores que marca o imaginário cabo-verdiano porquanto produziu obras que souberam traduzir a realidade das ilhas. Particularidade que o aproximou (assim como a sua geração) a alguns escritores do nordeste brasileiro, como Graciliano Ramos, que tão bem souberem interpretar as secas e as estiagens que assolavam as suas gentes. Em 1997 publicou a sua ultima obra – colectânea de poesias – intitulada “Falucho ancorado”. Manuel Lopes nasceu em S.Vicente em 1907.
Em nota de homenagem o Chefe de Estado cabo-verdiano reconhece o malogrado como “um dos que melhor souberam traduzir todo o drama de um povo em luta titânica permanente contra as lestadas, a escassez de chuvas e outras adversidades”.
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