23 de setembro de 2010

You never know who you´re gonna meet


















“A tradição” de há 21 anos se cumpriu e aconteceu mais um festival de música de Santa Maria, nos dias 17 e 18 deste mês. Um evento que ficou marcado por uma diversidade de estilos e de presenças musicais, a par de um ambiente humano e natural notáveis (incluindo a chuva). Há dez anos, quando conheci o festival guardei comigo as melhores impressões desse certame. O espírito persiste. A chuva melindrou o segundo dia e a sua insistência na manhã de domingo obrigou a que se cancelasse a actuação do colectivo da Holanda, onde se previa a actuação de Grace, Zé Delgado e Kino. Pena!
Gilito, Kido, Cordas do Sol, Cabossom, Tecla 2, Boss AC e outros brindaram os festivaleiros de Santa Maria com uma bonita “celebração” da música.

Intercâmbio

Um dos fundadores dos Kings, o emblemático grupo dos anos 70, de fresco nas lides dos festivais, é da opinião de que a festa deveria explorar mais a componente intercâmbio artistas/artistas. Um facto que, entretanto, também se altera, com iniciativas dos próprios produtores e artistas. Nesse pormenor, o certame do Sal já foi melhor. Todos os anos a Câmara Municipal organizava um convívio entre artistas vindos e residentes, antes do arranque do festival, perseguindo essa ideia de aproximação e contactos.

You never know

You never know who you´re gonna meet é nome de uma das músicas do segundo CD, Then What? (a sair brevemente) do grupo Publish The Quest:(foto) a coqueluche e a grande surpresa do Festival de Santa Maria 2010. O grupo veio de Seatle, Estados Unidos, e chegou a Cabo Verde pelas mãos do moçambicano Johnny Fernandes (ler post acima). O Publish the Quest movimenta-se entre o funk, afro beat, fulk, usando muitas palavras nas suas canções, mas nem por isso reivindica tiques do rap (os tais rótulos): confessa-se, em alguns caminhos, reminiscente de Fela Kuti. Antes de chegar ao Sal, a banda deu shows e recolheu instrumentos musicais para apoiar jovens estudantes de música na ilha, os mesmos meninos para quem organizou workshops numa busca de troca, provocação e arte...Valeu, rapazes de Seatle! Festival é também o que fica, e o pedaço de Cabo Verde que se espalha com as pegadas daqueles que vieram...

1 comentário:

Anónimo disse...

Ês côsa d'nôs, ke ta tchomod música, no ka sabé té dondé kel ta ba para.
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