27 de março de 2011
Cabo-verdiana mulher...
I (...)
II
A minha mãe vendia pão ao luar
E mel às crianças da beira-mar
Pagavam moeda
Moeda de carvão
E marulho da moeda
no mergulho do mar alto
E por vezes
A fidúcia do rosto
sem timbre de selo branco
III
Antes da manhana
Ela ia
De baía em baía
peregrina
Amando
no útero das veias
a voz uterina dos navios
Na ilha
A minha mãe é ilha nua
Por Dezembro rasgando
o seu inverno chita.
Corsino Fortes
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário