8 de setembro de 2006

Aos santos e à noite



O disco Ao vivo e aos outros de Mário Lúcio é um gesto confesso de gratidão para com as pessoas, vivas e mortas, que influenciaram e olharam para o seu percurso. Um desafio ao tempo mostrado ontem no Farol da Praia.

O CD é uma homenagem a lugares fisicos e simbólicos: Tarrafal, Mindelo, Cidade Velha, Santiago, orixás da Bahia, Cuba, ancestrais...

O vulcão do Fogo foi o cenário que Mário Lúcio escolheu para gravar o seu teledisco. Uma escolha, a todos os níveis, significativa. Esse sítio, mercê da sua força cultural, das suas gentes, do seu café, do seu vinho, é segundo o músico, o único lugar de Cabo Verde que poderá ser declarado “amanhã” património mundial. Ao pé do vulcão do Fogo Mário Lúcio atravessou também a crise dos quarenta. São as razões de uma escolha.

A noite

Os santos da noite continuaram a ser evocados na Casa Bela, no Plateau, na tal porta 29. Um espaço à primeira vista acolhedor, com propósitos nobres. Acho que todos gostaram de ouvir aqueles que ousaram exprimir os seus perigos e tentações na noite.

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