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A noite
(Uma trompete, uma trompete)
fica no jazz
A noite
Sempre a noite
Sempre a indossolúvel noite
Sempre a trompete
Sempre a trépida trompete
Sempre o jazz
Sempre o xinguilante jazz
Um perfume de vida
esvoaça
Adjaz
Serpente cabriolante
na ave-gesto da tua negra mão
Amor,
Vénus de quantas áfricas há,
vibrante e tonto, o ritmo no longe
preênsil endoudece
Amor
ritmo negro
no teu corpo negro
e os teus olhos
negros também
nos meus
são tantãns de fogo
amor.
António Jacinto ... C.T. Chão Bom, 4.9.70
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