
1.Praia Baixo, zona balnear situada a uma distância de 30 minutos da Cidade da Praia, vai ter “Casa do Mar”. Projecta-se para o espaço um centro de educação ambiental, para os formadores, virado para as tartarugas marinhas. Esse “laboratório vivo” será inaugurado em Abril do próximo ano, e todas as condições para isso já estão criadas. Projecto aprovado, financiamento garantido, parcerias, inclusive com o Oceanário de Lisboa. O professor da Universidade do Algarve, Nuno Loureiro, é o mentor desse projecto que nasceu no âmbito da geminação existente entre a Câmara Municipal de S. Domingos e o Município de Lagoas do Algarve. A ideia, segundo o professor, é criar riquezas endógenas, através de um turismo ecológico, e ao mesmo tempo contribuir para a consciencialização das populações face às ameaças ambientais, nomeadamente a protecção das tartarugas marinhas. Esse mesmo projecto abarca Achada Baleia, outra praia de desova das tartarugas na Ilha de Santiago. Nesse sítio, menos visitado pelos banhistas, vai ser construída uma reserva marinha.
2. De sessenta e tal mil turistas em 2001, se a memória não nos falha, aumentou para 280 mil, em 2006, a entrada de turistas em Cabo Verde. Um crescimento interessante e ao mesmo tempo intrigante. Precisamos de uma pesquisa que demonstre com que incidência essa gente regressa às nossas ilhas, e qual o seu grau de satisfação. Seria importante...
Os dados nos mostram que os italianos continuam a ser os que mais nos visitam, e que tem aumentado turistas do Reino Unido entre nós.
3. Comemora-se, hoje, o dia internacional do turismo sob o lema «O Turismo abre as portas às mulheres», escolhido pela Organização Mundial do Turismo (OMT). Em Cabo Verde, principalmente em Santiago, as praias continuam a ser devastadas. Todos os dias, quando a maré baixar, mulheres e homens lançam-se literalmente ao mar. Uns cavam e outras transportam na cabeça, em voltas incontáveis, uma média de 80 “banheiras” de areia, quantidade suficiente para encher um camião. Algumas andam nisso há mais de trinta anos...
4. Noto que as nossas rádios nunca deixaram de tocar Phil Collins...








Ouvir falar de Mário Puzo - 1920 -1999 (foto), conduz invariavelmente ao Padrinho (a saga da família Corleone), romance, adaptado ao cinema pelo realizador, Francis Capola. A abordagem da máfia italiana é retomada no último livro desse americano de origem italiana, A Família. Uma obra que narra a vida da lendária família Borgia, mais centradamente do cardeal Rodrigo Bórgia (Papa Alexandre VI). Um livro fausto e perturbante sobre os primórdios da máfia na Itália. Puzo, valendo-se do seu conhecimento da Itália profunda e da história (em colaboração com o historiador Bert Fields) e de um árduo trabalho de elaboração, deixa para a posteridade “um livro fundamental”. Em plena peste negra na Europa do Séc. XIV, com a população a ser dizimada, os homens começam a perder esperança no poder celestial e depositam a sua confiança no imediatismo terreno. Pertencer à igreja católica romana não era necessariamente sinónimo de profecia de fé e temor a Deus. Era um meio de exercer o poder, para o qual, contavam todos os subornos e favores envolvendo a aristocracia e a cúpula da igreja. A família Rodrigo Bórgia marca o Renascimento. Subornos, incesto, ambição, assassínios, traição, conspiração e luxo são os meios através dos quais os reinos, o Vaticano, as Cidade-estados que hoje fazem parte da Itália e países como França e Espanha, chegaram, mantiveram o poder e estabeleceram alianças, a todo o custo.