Keith Luke, americano de 22 anos, (1ª foto) morava na Clinton St., em Brockton. Mudou-se para Pleasant Street, mas circulava de carro pela antiga rua, uma média de três vezes por dia, relata um homem dos seus trinta e poucos anos. Antes da mudança de casa, Keith era vizinho das duas irmãs cabo-verdianas, Selma Gonçalves de 19 anos (2ª foto) - e sua irmã de 21 anos. Na passada quarta-feira, confessou à polícia que seguiu no seu carro, munido de uma pistola 9 mm e muita munição com o propósito “de matar pretos e judeus”. Dirigiu-se à casa das duas irmãs, e segundo relatos do jornal Boston Herald, foi à procura de Selma, mas acabou sendo atendido pela irmã a quem violentou sexualmente.
Na tentativa de socorrer a irmã, Selma foi baleada mortalmente. Entre disparos e fugas, o alegado criminoso matou Arlindo Gonçalves (72), um cabo-verdiano sem tecto que deambulava pela rua. A irmã de Selma foi socorrida por um vizinho cabo-verdiano, encontra-se hospitalizada e o seu estado inspira cuidados.
As duas jovens nasceram e cresceram em S. Filipe, Ilha do Fogo, e emigraram para os Estados Unidos no ano passado.
Keith Luke chegou a contar o seu plano à polícia: depois de matar pretos (o maior número possível), pretendia dirigir-se à Sinagoga mais próxima (Beth Emunah), para liquidar judeus, e depois por fim à própria vida. Luke é tido como um indivíduo que fomenta o ódio racial e terá confessado a sua missão à polícia: “impedir a aniquilação dos brancos”.
O mesmo país que na terça-feira passada fez brilhar os olhos do mundo, 24 horas depois foi palco de um acto terrível que abalou a comunidade cabo-verdiana no estado de Massachusetts, e deixou uma ilha em peso de luto.
À família enlutada, gente próxima e amiga, deixamos aqui o nosso profundo pesar. Da comunidade cabo-verdiana em Massachusetts, espera-se que não se deixem “levar” por essa tragédia que deriva, pensamos, de um acto demente e incomum.
fotos: Boston Herald/Visaonews
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