O Movimento Claridoso, que tanto paradigma marcou à Cultura Cabo-verdiana, em geral, e às letras das ilhas, em particular, gerou cedo críticas ao seu fundamento, embora o seu retrato aparente paire até hoje no imaginário dos cabo-verdianos.
Em 1951, Manuel Duarte criticou a Claridade, mais tarde, Amílcar Cabral (foto) analisou a obra dos Claridosos também numa perspectiva crítica. Há uma matriz nas críticas desses intelectuais. Todas elas têm a ver com o facto de que os Claridosos não teriam tido um pensamento agente, transformador da realidade política vigente. As entrelinhas dos críticos afirmam que os Claridosos não tiveram engajamento político. O texto “Consciencialização na Literatura Cabo-verdiana” de Onésimo Silveira marcou este momento dialéctico.
Mais recentemente, académicos como José Carlos Gomes dos Anjos e Gabriel Fernandes analisaram nas suas obras, sob perspectivas críticas e novas, o momento claridoso no debate da cabo-verdianidade.
Conheça as posições desses intelectuais, divergentes em vários pontos, hoje, no programa Claridade Incandescente, da TCV, após a telenovela Belíssima.
1 comentário:
Olá, que grata surpresa este blog.
Tenho tese de doutorado defendida no Brasil (UFF) sob a Revista Claridade.
Meu contato:
nsrl@terra.com.br
Abraços!
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