4 de julho de 2007

Pontes em mim... o que junta

Tenho uma disposição particular para momentos e atitudes que emergem de encontros. Nesse bojo entram as artes, nas suas múltiplas manifestações, a cultura, em si como matriz identitária, e outras confluências.
Neste momento, percebe-se que a música de Cabo Verde tem sido a variante mais utilizada para a universalização da "coisa" cabo-verdiana. O disco Das Ilhas Mestiças do bandolinista brasileiro Rodrigo Lessa, é exemplo disso. São treze sons musicados num espírito eminentemente marítimo, porque nos transporta de Cabo Verde, mais precisamente do Calango Mindelo (a primeira faixa do disco) para o Brasil, de onde seguimos viagem para Cuba e Caribe.
No disco, Lessa legitima esse diálogo cultural com motivos históricos que, como sabemos, fazem de nós “seres atlânticos”. Um mundo com suas "afinidades e diferenças".
O disco contou com a participação dos cabo-verdianos Toy Vieira e Vaiss. A brisa caribenha do disco surge do trompetista cubano Júlio Padron. E nunca é demais acrescentar que Das Ilhas Mestiças contou com a participação especial de João Donato, o homem d´a paz.*

...A paz fez o mar da revolução
Invadir meu destino, a paz

Eu pensei em mim
Eu pensei em ti
Eu chorei por nós
...

* João Donato escreveu essa canção em parceria com Gilberto Gil e este interpretou-a maravilhosamente.

5 comentários:

Anónimo disse...

Hello Margarida, por acaso ganhei o disco de presente.
É uma obra que vai valer sempre. Uma reliquia de inspiração multicultural.

Djinho Barbosa

Ema Pires disse...

Lindo poema e lindas imagens. Fico mesmo contente de conhecer uma fuguense e com um blogue tao bonito.
Beijinhos também foguenses

Ema Pires disse...

Este blogue é mesmo interessante, vou fazer um link no meu agora mesmo, sem autorizaçao.
Um grande abraço para uma amiga do Fogo.

pura eu disse...

Concordo Djinho… Das ilhas mestiças é um registo interessante e de grande valor simbólico.

Ema, um obrigadu di tamanhu Tongom…
Também eu vou adicionar o teu ilhadofogo no meu blog.

Beijos vulcânicos

Ema Pires disse...

Amiga Foguense (e quase prima!), Se quiser ouvir uma linda morna e ler um poema de um poeta de Cabo Verde, passe pelo meu blogue. Mas leve um lenço de papel. Esta morna sempre me faz chorar.