23 de junho de 2008
Vazio de poesia
Foi chocante o uso "burlesco" do termo poesia na sessão desta manhã no Parlamento cabo-verdiano. Políticos de ambos os blocos discorriam em tom de paródia sobre “fazer poesia”, como que se de um labor vazio e insignificante se tratasse:
E porque poesia é poder “do mais genuíno”, lembrei-me de Maiakovski, e do seu slogan:
Brilhar para sempre,
brilhar como um farol,
brilhar com brilho eterno,
gente é para brilhar,
que tudo mais vá para o inferno,
este é o meu slogan
e o do sol.
Manuel Alegre, poeta e político português, disse também, certa vez, que: «Entre os muitos défices que avassalam o mundo, aquele de que menos se fala é talvez o mais importante: o défice da poesia. Porque não é possível resolver os outros sem que no cinzento de cada dia haja “um pouco mais de azul”».
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1 comentário:
Belo post, Margarida. Sem palavras!
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