15 de dezembro de 2008
Nobas di Djarfogo
1. São Filipe ganhou nos últimos tempos novos points de lazer e comércio turísticos, o que emprestou mais vida à cidade, e contribuiu ligeiramente para o virar da página do angustiante silêncio daquelas ladeiras. No interior, as pessoas estão mais contentes com o resultado da boa azágua, e nada mais contagiante do que alegria de camponês.
2. A cidade ganhou finalmente (depois de um projecto de 12 anos) o seu Museu Municipal (no sobrado da foto). Um espaço que pretende apresentar as particularidades históricas, ambientais e culturais da Ilha do Fogo. Segundo a museóloga que trabalhou na sua instalação, o Museu Municipal de S. Filipe vai ser complementar à Casa da Memória, e não tem a pretensão de substituir as valências deste espaço, o que é muito bom. A equipa criou este blog onde pretende detalhar sobre as temáticas de abordagem do Museu.
3. "Bom doc", a nova provocação da já incontornável Cá Dja´r Fogo para projectar o novo ciclo 2009. "Expor o relacionamento entre o artista, o trabalho e a obra, ver de que maneira o corpo (as mãos, por exemplo) habita a sua pintura, a sua fotografia, o seu vídeo". A proposta arrancou oficialmente no dia 04 de Dezembro com o documentário "Pintura Habitada" sobre a artista plástica Helena Almeida.
Menos bom:
1. No Fogo, à par da falta de oportunidades típica das regiões consideradas periféricas, um outro problema afecta a população jovem local: a vontade desenfreada de emigrar para os Estados Unidos. Esse cenário é a causa maior da desmotivação generalizada na ilha, muito estribada na ausência de perspectivas e planos para o futuro.
2. A Ilha, mais do que qualquer outro sítio, continua ainda dividida por linhas partidárias, o que dificulta sobremaneira a consolidação de alguns projectos e ideias que dependem de comprometimentos mais alargados e estruturantes.
A música
O sol se levanta com as ondas que nunca dormem. É assim, sempre!
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