16 de julho de 2009

Bad news!

WADE














O FESMAN III, marcado para acontecer entre os dias 1 e 14 de Dezembro de 2009, no Senegal, acaba de ser adiado para 2011 pelo presidente senegalês Abdoulaye Wade (foto). Essa comunicação foi feita ontem em Nova York perante a presença de uma centena de jornalistas. As razões de fundo desse adiamento ainda não foram apresentadas, mas sabe-se que algumas vozes da diáspora já vinham sugerindo um possível reescalonamento do Festival, tendo em conta o nível de exigência técnica e logística que acarreta. A decisão, entretanto, parece não ter sido partilhada entre os responsáveis ministeriais ligados ao evento, bem como a própria organização do Festival. Tanto que ela já mereceu desmentido do Ministro das Comunicações senegalês 'A ce jour, aucune proposition de report du Fesman n'a été enregistrée', disse o governante. Entrementes, aguardamos todos novos desenvolvimentos.

Em todo o caso, a acontecer o adiamento do III Festival das Artes Negras, seria um grande fiasco, porquanto, como se sabe, a abertura simbólica do evento aconteceu a 25 de Junho em Salvador da Bahia com o próprio presidente senegalês a dizer no seu discurso que FESMAN é “uma vitrina de excelência da fecunda criatividade do mundo negro e, também, um campo de fortalecimento moral e de mobilização de todas as propostas para o desenvolvimento da África”. Sem contar toda a mobilização diplomática, cultural, política e financeira que aconteceu em prol do evento no último ano envolvendo dezenas de países, (entre os quais Cabo Verde), governos e personalidades da cena internacional.

Ademais, a III Edição do Festival das Artes Negras foi um projecto pessoal de Wade que quis reeditar a iniciativa do poeta presidente Senghor, patrono do primeiro FESMAN, organizado em Dakar, em 1966. De recordar que a segunda edição teve lugar, em 1977 em Lagos, Nigéria. Esta edição ora incerta aconteceria sob o lema “O Renascimento Africano” e teria como grande homenageado o Brasil.

1 comentário:

Thomas Suzuki disse...

É realmente uma lástima! Precisamos realizar festivais como este todos os anos e não com décadas entre um e outro!