Inicialmente quis que esse blog se chamasse
"moments", em inglês mesmo, dando ares de leveza e detalhes, mas depois tive a impressão que podia confundir e parecer um diário romântico. Nada contra o estilo, entretanto. O objectivo, de facto, era falar de assuntos que ficaram (no presente e no passado) pela sua pertinência, pelo detalhe, pelo interesse e, sobretudo, pela poesia. A ideia era, e continua a ser, um compromisso com o trabalho e a honestidade. Momentos fantásticos que, pela sua generosidade intrínseca, acabam sendo de encontros e partilhas (de toda a casta).
Por conseguinte…"Os momentos" tornou-se um blog que emite exclusivamente pontos de vista da sua autora, além de factos, informações e entrevistas, todos publicados com sentido de responsabilidade, trabalho e respeito pelas opiniões outras. Parâmetros, aliás, que orientam a lisura de quem
escreve estas linhas na sua profissão de jornalista.
Considerar alguns dos textos aqui publicados de mais ou menos felizes, e discordar do seu teor, é direito que assiste a quem se dá ao trabalho de acesso a este site. A autora destas notas escreve regularmente neste blog, pesquisando muito para fazer alguns dos textos aqui publicados e fá-lo por puro brio, sim senhor. Ela é a mesma que faz, por iniciativa própria e à margem de qualquer agenda imposta, os programas emitidos na Televisão de Cabo Verde, conhecidos e apreciados por muitos. Programas também emitidos na RTP África, e exibidos em vários encontros internacionais organizados sobre Cabo Verde. Neste particular, o modesto, mas autêntico, portfolio da autora fala por si e retrata quem está por detrás de certas posições e posturas.
Antes que anoiteçaEm verdade, ela só responde às reacções dirigidas à sua pessoa, coisa, aliás, que certos não conseguem fazer nem mesmo nas entrelinhas e nas frases dúbias que revelam o carácter de quem as profere. Margarida Fontes não está mandatada para falar do serviço público da Televisão de Cabo Verde e muito menos de casos obscuros que levaram a atitudes enérgicas tomadas pela administração da RTC em relação a gritantes fretes de um certo jornalismo a "piratear nestas ilhas" .
O breu
Seria certamente mais bem sucedida uma certa senhora no seu esforço de pintar "frescos" de um jornalismo de pacotilha, que não lembram a assessorias mais bem urdidas, se a mesma se desse ao trabalho de olhar Cabo Verde sem exotismos tanto para o bem como para o mal, como mandaria um jornalismo com ética e deontologia, não importando a nacionalidade e origem de quem o faz. Mas seria pedir demais. Enquanto uns, como escreve, fazem notícias com base em press releases, outros, têm como fontes de eleição para as suas reportagens "de fundo", informações viciadas de brochuras turísticas, e revistas de bordo, quando não de assessorias políticas.
Pela "claridade"A Jornalista Margarida Fontes, como se recorda, teve sempre a oportunidade de escolher entre um jornalismo enpacotado, engomado, e encomendado a peso de ouro, e a lida na Televisão de Cabo Verde. Ela escolheu fazer jornalismo sério, isento e sem fretes. Escolheu também fazer um blog de autenticidade e de posturas que, nem sempre, sossegam "verdades instituídas" e seus gladiadores. Cada um sabe do que lhe preenche a alma.