Naquele preciso momento o homem disse:
«O que eu daria pela felicidade
de estar ao teu lado na Islândia
sob o grande dia imóvel
e de repartir o agora
como se reparte a música
ou o sabor de um fruto.»
Naquele preciso momento
o homem estava junto dela na Islândia.
poema de Jorge Luis Borges, in "A Cifra"
tradução de Fernando Pinto do Amaral
bom fim-de-semana
2 comentários:
Entro por aqui e escrevo qualquer coisa? Hesito, até porque não sei se chegarei a conseguir entrar e fazer-me sentir como visitante (creio que é assim que se diz, Margarida)
É como entrar numa casa que não é luxuosa, mas encanta pela sua cómoda arrumação, pelo esmero posto na singela decoração, pela música que parece atravessar os corredores estreitos que separam as divisões.
Talvez por isso, tive dificuldade - ou terá sido cerimónia? - em entrar: por esta porta ou por este canto delicioso?
Bem, Margarida Fontes, reconheço-me um desastrado nestas coisas de moderna comunicação, sobremaneira em blogs. Tardiamente visitei-o, depois de me ter dado conta de sua existência, creio, por altura de uma entrevista sobre Arménio e o prémio Camões. Como vê, mais vale tarde do que nunca. Gostei deste seu blog, sobretudo pela inteligência como o tem organizado, pelas coisas lindas que dá a conhecer. Espero não apanhar o vício.
Parabéns e muita saúde.
Jorge Carlos, hesitou, mas entrou e deixou um dos comentários mais belos que “Os momentos” já recebeu nos seus quase 5 anos de vida. Fico radiante perante a sua reacção, já que por aqui as palavras tentam ter um significado que fica, seja em música, sensações, ou mesmo poesia… o que importa é a cumplicidade que nasce. Como vê, brindei à sua visita com votos de permanência no último “post”.
Obrigada e volte sempre.
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