14 de janeiro de 2010

O Haiti e (o estado das coisas)

haiti














“Inferno é o que resta para os sobreviventes do sismo no Haiti”: ouvi algo semelhante de José Alberto Carvalho que comandava uma cobertura exemplar da RTP sobre a tragédia no Haiti. A comunidade internacional, as potências mundiais, os homens de boa vontade têm a oportunidade de provar que somos todos seres humanos e iguais perante os céus.

O embaixador do Haiti nos Estados Unidos chorou na CNN quando pedia ajuda para o seu país. Uma catástrofe indescritível que nos abala no âmago.

Jornalista agredido

O jornalista da TCV, António Gomes, foi ontem agredido e humilhado por um Inspector da Polícia Judiciária. Tudo aconteceu no meio da manhã, quando o jornalista tentava ouvir a versão da PJ, na sequência de uma manifestação organizada pelos familiares de um dos jovens assassinados por thugs na semana passada em Achada Grande.

As imagens do “vexame” foram emitidas na íntegra no Jornal da Noite da TCV de ontem, onde via-se que, além da humilhação ao jornalista, o tal agente escorraçava o grupo de familiares que clamava por justiça.

Diante de tal situação, além do repúdio da Direcção da TCV, os profissionais desse órgão fizeram um abaixo-assinado onde pedem a demarcação inequívoca da Direcção da PJ, e esperam acções em conformidade “contra um indivíduo que, manifestamente, não tem perfil adequado para desempenhar a função que exerce.

Um dos pontos do documento passamos a citar:

“Recusa-se a fazer a cobertura jornalística de qualquer acto oficial da PJ, enquanto a Direcção Central da mesma não se demarcar publicamente da atitude indigna de um Inspector da PJ contra um jornalista da TCV, em pleno exercício das suas atribuições profissionais.”

2 comentários:

Alejandro disse...

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Canto da Boca disse...

Eu não encontro palavra para manifestar meu pesar sobre esse acontecimento nefasto no Haiti... O que acontece ali, acontece aqui, aí, em todo lugar, a dor é universal.

Quero lhe dizer ainda que estar aqui é uma forma de estar em Cabo Verde, vir aqui me faz sentir a brisa, o carinho do povo, os amigos que tenho e a saudade que é tanta, das Ilhas Crioulas.

Lus é uma canção ímpar, sempre que a escuto, choro, a interpretação da Nanci Vieira é irretocável. Obrigada ainda, por me apresentar (ainda que numa triste hora de morte)os grandes valores musicais caboverdianos.

Um dia lindo pata ti, se possível!