30 de setembro de 2008

A balzaquiana de Setembro

Picasso





















Sinto saudades de mim, de ti, deles, das ladeiras, das mangueiras, dos meus avós, do Solar do Unhão, da Amaralina, e até do futuro. Mas as balzaquianas são a minha vida, e fazem parte dela. Ontem fartei-me de rir: a Martine recorda-me de cada rosto, de todos os sotaques, até dos detalhes de uma vida cheia de peças e cores, com deslizes, mas sem queda. La strada é longa... mas voltar ao Black cat, não! Peter ou alguém no seu lugar há-de abrir um novo pub pela redondeza.

Pudesse Eu*

Pudesse eu não ter laços
nem limites
Ó vida de mil faces
transbordantes
Para poder responder
aos teus convites
Suspensos na surpresa
dos instantes!

* Sophia de Mello Breyner Andresen

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