1 de junho de 2009
Dias sem fim
muitos
muitos são os dias num só dia
fácil de entender
mas difícil de penetrar
no cerne de cada um desses muitos dias
porque são mais do que parecem
pois
dias outros há
ou havia
naquele dia do poço
da quinta
também dentro e fora
porque não é possível estabelecer um limite
a cada um desses
dias de fronteiras impalpáveis
feitos de – por exemplo – frutas e folhas
frutas que em si mesma são
um dia
de açúcar se fazendo na polpa
ou já se abrindo aos outros dias
que estão em volta como um horizonte de trabalhos infinitos:
nota pura: poesia impalpável de Gullar... na exacta dimensão dos dias
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário