17 de março de 2005

O Baleeiro Essex passou por Cabo Verde

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Cabo Verde assumiu-se sempre como uma importante placa giratória da navegação atlântica, pois aqui se cruzavam nas viagens de ida e de regresso, a rota da Guiné, a rota do Congo/Angola e a rota do Cabo e aí aportavam à ida os navios do Brasil e os da rota das Índias de Castela. Assim, pela enorme importância geo-estratégica tiveram, a cada tempo, o seu auge, diversos espaços cabo-verdianos:
A Ilha do Maio também se insere nesse roteiro. No livro “No Coração do Mar”, do jornalista e historiador norte americano, Nathaniel Philbrick, existem relatos interessantes da passagem da embarcação Essex pela Ilha do Maio. O navio baleeiro Essex foi atacado em 1820 por um cachalote enfurecido e afundou. Este acontecimento foi tão comentado nos Estados Unidos quanto o naufrágio do Titanic no século XX. O episódio inspirou Herman Melville a escrever sua obra mais conhecida, "Moby Dick". O historiador Nathaniel Philbrick, por sua vez, reconstituiu a história na obra “No coração do mar” em todos os detalhes, apoiado em ampla pesquisa e fontes inéditas. Uma tragédia vivida por pessoas reais – alguns cabo-verdianos, possivelmente.
O Porto da Ilha do Maio é narrado no livro de Philbrick como uma enseada que servia de porto, onde montes pontiagudos de sal branco – obtidos dos largos salgados do interior da ilha – aumentavam a sensação de desolação do cenário…
Os barcos americanos ancoravam no Maio para se abastecerem do Sal, de panos de terra, de frescos e de porcos. Outra curiosidade que confirma o peso histórico das ilhas na rota atlântica.

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